Corrida Santos Dumont |
Conheci em setembro de 2011 na Revista Runners World a história do Bruno, um São Paulino que 11 anos atrás, com 17 anos de idade indo para o jogo do tricolor, a final da copinha no aniversário da cidade de São Paulo foi presenteado por um tiro de metralhadora, uma bala nada doce perdida, disparada acidental e estupidamente por um policial despreparado que estava do lado de fora de uma estação de metrô para impedir que pulassem uma catraca, catraca essa que é dentro da estação. Um presente de grego, uma lembrança que mudou toda a história da vida de um jovem, muito mais, de toda uma familia.
Toda a história está na revista de setembro, onde entra a maratona sobre rodas na vida do Bruno, um café com Mauricio Barros, redator-chefe e Sérgio Xavier, diretor de redação da revista, entre um cigarro e outro, Bruno agora é quase um ex-fumante, e surgiu o convite para participar da Maratona de Nova York. Um desafio!
Quando li a história, fiquei indignado e feliz ao mesmo tempo, indignado como uma atitude "estupida" de um policial podia estragar/dificultar a vida de uma familia e feliz como uma atitude "bonita" podia trazer uma nova postura para essa mesma familia.
Dia 12 de outubro na corrida Santos Dumont aqui em São Paulo, após correr 5km fui fazer umas fotos da chegada da turma dos 10km e encontrei o Bruno chegando, parabenizei-o pela corrida e desejei boa sorte e uma ótima maratona em Nova York, além de tirar a foto acima.
Blog Correria |
E nessa quinta-feira, quatro dias após a maratona de Nova York eu tive o prazer de conhecer o Bruno e assistir um bate-papo muito legal entre ele, o Maurício Barros, o Treinador Mario Mello e o ortopedista Alexandre Sadao do Instituto Vita que contaram como foi a aventura de sair do sedentarismo e se tornar um maratonista, também contaram os acontecimentos na Big Apple.
A familia do Bruno estava presente e foi emocionante ver e ouvir eles comentando a dedicação e o resultado obtido.
O mais impressionante de tudo isso foi ver que o Bruno assimilou o golpe que tirou-o da final da copinha, e em momento nenhum se fez de coitadinho, até hoje, sem nenhuma resposta e muito menos ajuda ou indenização do governo ele aprendeu a viver na nova realidade que "aquela bala" lhe impôs.
Ele tentou muitas modalidades esportivas mas com o trabalho e as responsabilidades acabaram ficando totalmente de lado até receber esse convite para se tornar um Maratonista.
Auditório ABRIL |
Com as avaliações e o acompanhamento do Institutito Vita e a assessoria do treinador Mario Mello que no Brasil representa a Aquilles(maior instituição para portadores de necessidades especiais do Mundo), o Bruno em 2011 também no aniversário da cidade de São Paulo, no Bike Tour, teve o primeiro contato com uma HandBike e os treinos começaram de verdade. Era uma HandBike péssima para competir, mas que foi muito útil até que em julho na maratona do Rio chegou a handbike que seria sua companheira pelos 42km da maratona de Nova York.
Perguntado se ele se considerava um exemplo, uma inspiração para outros cadeirantes e até mesmo para muitos sedentários sem nenhuma deficiência, Bruno surpreendeu a todos com sua honestidade, ele sabe que sua história vai ter uma grande repercussão e muita exposição, que muitos poderão citá-lo como exemplo, mas a vida continua, e ele vai continuar acordando mal humorado, só que agora como um MARATONISTA.
Um maratonista sobre rodas!
Parabéns Bruno!
Parabéns Mauricio, Serginho e Revista Runner's World.
E tomara que o nosso TRICOLOR volte a ser o #SOBERANO que estamos (mal) acostumados!
Infelizmente, fui sem máquina fotográfica e essa imagem que o celular fez não pode ser chamada de foto nem na China de onde ele veio. #XingLing
#Colucci2011
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